Mostrar mensagens com a etiqueta Autoridade da Concorrência. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Autoridade da Concorrência. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, março 03, 2015

A Banca portuguesa "nacionalizada"?

Se a proposta fusão entre o BPI e o BCP se vier a concretizar, o Estado ditatorial e cleptocrático angolano, onde não existe qualquer espécie de liberdade empresarial ou outra, passará a deter uma quota de 30% do mercado bancário português. Se o Novo Banco, como parece provável, vier a ser vendido a uma qualquer empresa, directa ou indirectamente, pertença do Estado ditatorial chinês, chegaremos, em números redondos, a cerca de 50% desse mesmo mercado nas mãos de dois Estados ditatoriais estrangeiros. "Nacionalizado, deles". Se a estes dois bancos juntarmos a Caixa Geral de Depósitos, estatal (e sou dos que defendo, nas actuais circunstâncias, assim deve continuar), temos que cerca de 3/4 do mercado bancário português deixa de estar nas mãos de privados. Pior, tendo em conta a tradicional subserviência dos governos e entidades oficiais portuguesas aos interesses angolanos e chineses, o panorama é ainda bem mais aterrador, pois, nestas circunstâncias, não me parece a Caixa possa vir alguma vez a agir contra esses interesses e em defesa dos interesses portugueses. Se isto se confirmar, veremos o que terá para dizer a Autoridade da Concorrência.

terça-feira, fevereiro 23, 2010

S. C. Braga: bilhetes gratuitos?

Há cerca de um ano, a “Autoridade da Concorrência” travou uma promoção da ZON que pretendia (e chegou a fazê-lo) oferecer bilhetes gratuitos para os cinemas Lusomundo, alegando estar-se perante um caso de concorrência desleal e esta acção prejudicar a indústria no seu conjunto. Agora, o S.C. Braga resolveu abrir as portas do seu estádio a quem quiser assistir gratuitamente aos jogos de futebol da equipa na 1ª Liga. Fê-lo no seu último jogo em casa e anuncia tornará a fazê-lo na próxima jornada, no seu jogo contra o Olhanense. A LPFP, organizadora da prova, e a “Autoridade da Concorrência", neste caso, nada têm a dizer?

quarta-feira, janeiro 07, 2009

A Autoridade da Concorrência suspendeu a promoção da ZON, ou de como este país não cessa de nos surpreender!

A ZON, do universo Lusomundo, decidiu, numa acção promocional, oferecer bilhetes gratuitos para os cinemas do grupo, em determinadas condições, a alguns dos seus clientes. À partida, nada parece ser mais legítimo, tratando-se de uma excelente ideia promocional para levar mais gente ao cinema onde ele deve ser visto – nos cinemas – criando até um hábito de que outros distribuidores poderiam vir a beneficiar.

Mas parece que a – neste caso – zelosa Autoridade da Concorrência, tão permissiva e pouco actuante em outras ocasiões, decidiu responder aos apelos de Paulo Branco e... zás, suspendeu a promoção durante os próximos 90 dias.

Apetece-me perguntar à dita Autoridade se, para defesa da livre e sã concorrência, também se prepara para entrar nas cadeias de supermercados e suspender as tão populares promoções “leve 2 e pague 1”, ou as chamadas promoções “on-pack”, isto é, “compre uma embalagem da marca X e leve também uma da marca Y”. Ou, já agora, se amanhã o Grupo Espírito Santo, por exemplo, que tem interesses na área do turismo, resolver legitimamente oferecer viagens aos seus melhores clientes do sector financeiro, qual será a reacção da A. da C.? Vai proibir? Ou se uma cadeia de hotéis oferecer estadas gratuitas nas suas unidades aos melhores clientes de uma agência de viagens onde tenha participações? Acha que não pode ser? E será que também vai suspender os cartões de fidelização das gasolineiras ou o meu clube quando, em determinado jogo, decide oferecer entrada gratuita à acompanhante de um sócio com bilhete de época?

O que me parece é que estamos aqui perante um notório caso de abuso de poder, em que a A. da C. exorbita das suas funções de regulação e resolve tomar partido por um dos players, assim impedindo uma saudável concorrência que é exactamente o contrário do objectivo que preside à sua existência. Faço notar que contra mim falo, pois sou bem mais consumidor da Medeia Filmes do que da Lusomundo. Mas o problema, o verdadeiro problema é que este país não cessa de nos surpreender...