O facto do PSD delegar em Luís Montenegro a interpelação ao governo no debate quinzenal de hoje, significa que para Passos Coelho e para o seu partido António Costa continua a ser visto como um "usurpador", um mero "chefe" de um governo não eleito; alguém que ocupa ilegalmente o lugar de primeiro-ministro e que, por tal facto, não "merece" ter como contraponto o presidente do maior partido da oposição, ele sim, tido como o primeiro-ministro de direito. No limite, estamos perante uma forma de desrespeito ao parlamento e, no mínimo, assistimos a uma sua menorização, característica de quem se situa no limiar das ditaduras. Até a escolha de Montenegro, uma espécie de "caceteiro" da palavra, não é ingénua. Até onde quer e poderá ir o partido antes conhecido como PSD?
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